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domingo, 1 de fevereiro de 2009

PODEMOS LER E CONFIAR NA BÍBLIA??



O livro mais consumido, impresso e lido no mundo é também o mais questionado, criticado e discutido por diversas pessoas das mais diferentes religiões, filosofias, credos, seitas, comunidades e países. A Bíblia Sagrada, tal como a conhecemos, é detentora de uma popularidade jamais conseguida em nenhum outro artigo, livro, tratado ou enciclopédia em qualquer parte do planeta. Na verdade podemos considerá-la como uma enciclopédia (conjunto de livros) produzida por diferentes escritores de diversas épocas, começando a ser escrita no ano 1.500 AC, sendo concluída no ano 70 DC com o livro de Apocalipse. É dividida em duas partes principais: anterior ao nascimento de Jesus Cristo (Antigo Testamento) e após o nascimento de Jesus Cristo (Novo Testamento).
Antigo Testamento - Os 39 livros que compõem o Antigo Testamento (sem a inclusão dos apócrifos) são aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos Protestantes, Católicos Ortodoxos, Igreja Católica Russa, e parte da Igreja Católica tradicional. Com origem no seio do povo hebreu, não se tem a determinação absoluta de seus escritores, mas as evidências disponíveis apontam para Moisés como o autor dos cinco primeiros livros (Pentateuco – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), conhecido por Torá (a Lei) do povo judeu. Estes primeiros livros estavam compilados desde cerca de 400 a.C, onde estatui regras e normas a serem seguidas pelo povo de Israel, tendo seu cerne moral e ético nos Dez Mandamentos entregues por Deus a Moisés no Monte Sinai. Neste aspecto, muitas pessoas repudiam o Antigo Testamento por acreditarem que são códigos ritualísticos, éticos e religiosos, particulares daquele povo num contexto em que precisavam se firmar como nação, motivo pelo qual julgam erroneamente os escritos, não dando a devida importância para seus ensinamentos e mensagens. Não sabem que acabam por dispensar a essência divina maravilhosa contida por entre as histórias, as leis e costumes judaicos, desperdiçando conhecimentos valiosos totalmente práticos para nossa vida atual. Os livros poéticos como Salmos e Provérbios são de uma riqueza ímpar, com canções e poesias realmente transformadoras. Os livros históricos como Josué, Reis e Ester possuem lições de sabedoria inalcançáveis por quaisquer contos, peças ou histórias antigas, contemporâneas e modernas. Os livros proféticos como Jeremias, Isaías e Daniel expressam acontecimentos futuros com detalhes, com previsões precisas e incomparáveis a quaisquer Nostradamus, “mãe-dinás”, horóscopos, adivinhações, etc. As profecias sobre a vinda do messias termina por fazer de forma maravilhosa a ligação entre os dois testamentos.
Novo Testamento - Os livros do Novo Testamento foram redigidos num momento muito próximo aos acontecimentos que os geraram, em torno da vida e ensinamento de Jesus Cristo. Apesar de não existirem os manuscritos originais, foram reconstituídos a partir de cópias produzidas pelos primeiros pais da Igreja primitiva. Vários papiros contendo fragmentos do Evangelho de João foram encontrados no Egito, datando do século II, apenas uma geração após os autógrafos (originais). O Novo Testamento, ou Nova Aliança, dá cumprimento às profecias do Antigo Testamento, em que Deus manda o Salvador, o Messias, para limpar o homem de todo o mal. Desta forma, Ele reconcilia-se com o homem através do sacrifício de seu Filho, onde através Dele é obtida a remissão dos pecados dos homens com o arrependimento, sendo salvos para a Vida Eterna com Cristo. Essencialmente Jesus Cristo ensina ao homem uma nova forma de comunhão divina, porém sem demolir as leis mosaicas do Antigo Testamento, mostrando o evangelho do amor, da misericórdia, do perdão, do “dar a outra face”, dos pecadores, superando as expectativas humanas ao mesmo tempo em que muda a concepção divina de um Deus-Senhor para um Deus-Pai, criador-pai disposto a sacrificar-se pela criatura-filho. Nunca foi concebido até então este novo prisma de relação divina em nenhuma religião, seita ou dogma na humanidade. Houve uma revolução espiritual tendo Cristo como seu líder e os apóstolos como seus propagadores. Deus se faz homem em um plano de guiar a humanidade nas trevas, expondo o Deus-filho como luz e modelo humano a ser seguido em busca da felicidade perfeita, perdoando até mesmo seus algozes no momento da flagelação, morrendo e obtendo a ressurreição e ascensão aos céus. Os milagres de ressurreições, curas, expulsão de demônios, o andar sobre as águas, multiplicações de alimentos, foram presenciados por milhares de pessoas e estão presentes historicamente em inscrições e gravações em paredes, pilares, moedas e outros lugares escavados existentes naquela época, salientando a veracidade dos fatos narrados nos Evangelhos. Os livros seguintes, nas cartas enviadas por Paulo (judeu perseguidor de cristãos transformado pela ação divina) à pessoas e igrejas, acaba por estabelecer regras morais para a conduta humana baseadas no evangelho de Cristo, expondo a doutrina cristã e viabilizando desta forma a propagação do cristianismo e de seus dogmas fundamentais para outros povos. Por último a revelação do apóstolo João no livro do Apocalipse, narrando o final dos tempos por inspiração do Espírito Santo, o estabelecimento do Reino de Deus e a eliminação do mal definitivamente, completa a saga da história do homem na terra.
William Douglas, na obra “Os 10 Mandamentos para uma vida melhor” disserta que: “Todo o texto da Bíblia, não só os dez mandamentos, é considerado por alguns como ditado e inspirado por Deus. Para outros, é apenas um livro de sabedoria (ainda que um dos melhores) e, por fim, há quem veja nele apenas historinhas e fantasias. Seja como for, os mandamentos e a Bíblia sobreviveram milhares de anos e só isso já justifica um olhar atento sobre o que dizem. Mais que isso, é enorme o número de pessoas que diz ter fundado uma vida de paz e sucesso sobre os seus ensinamentos.”. E completa: “Creio que o problema não está no texto, mas nas lentes que usamos para examinar cada uma dessas dicas registradas naquele que é chamado “o Livro dos livros”.”.
Infelizmente, durante séculos e séculos, a Bíblia foi utilizada pela religião tradicional e pelo Estado como meio de controle e opressão, onde foi exaustivamente acentuado o “castigo do inferno” àqueles contrários ao sistema político. No entanto ela deve ser usada como um instrumento de libertação e crescimento pessoal e profissional.
Portanto vai aí um grande conselho: LEIA A BÍBLIA. Qualquer que seja sua concepção religiosa ou filosófica, saiba que ela não foi feita para dificultar sua vida, e nem para te pôr um “cabresto” no qual sua família e a sociedade não lograram êxito. Ela deve ser lida, refletida e interpretada para que tenhamos vida em abundância, sermos felizes e para que reconheçamos o poder e a glória de Deus.

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